terça-feira, 11 de maio de 2010

Curto Rescaldo da Maratona de Arraiolos

Rescaldo não será o titulo indicado para esta mensagem pois é descrito num dicionário de lingua portuguesa como o "conjunto das operações necessárias para completar a extinção do fogo, impedir a reigniçao e colocar o local em condições de segurança". Ora, incendio é que não houve em Arraiolos  depois de tanta chuva. O pessoal da Rota hesitou em sair da cama e de Estremoz devido ao mau tempo. Depois do café matinal no Sr. Pinto e da decisão da partida (Sr. Luis, isto fica-lhe caro...) os dois carros da Rota foram apontados a Arraiolos. A chuva caía copiosamente e ainda pensámos em voltar para trás, mas com as inscriçoes e almoços já pagos fomos em busca dos dorsais e das t-shirts. Ao chegar a Arraiolos constatámos que vários atletas não iriam participar na prova pois nem tinham tirado as bicicletas dos suportes. Levantado o dorsal e dada a melhoria do tempo (por pouco...tempo) preparámo-nos para a partida. "Mais uma loucura"- pensei. E que loucura. Feita a partida e chegados ao terreno tivemos a primeira amostra do que iriamos passar: um lamaçal quase pegado. As condiçoes eram mesmo más: muitos cursos de água, areia e lama que limavam correntes e transmissoes. Aos 14 kms encontrámos uma descida perigosa devidamente assinalada que teimei em fazer em cima da bike. Uns metros abaixo andei a "pisar navalhas" mas consegui não cair (parecia ballet...). A partir daqui volta a chover bastante. Chegados ao abastecimento abastecemo-nos (passo a redundancia) oleámos as correntes e depois de uns telefonemas e conversas de desiste-não desiste continuamos o caminho penoso. L. Bailão na frente, Dani atrás (com asas) e Kazáka e Piedade aos "Aih minha perna"! Quando parámos no 3º abastecimento o amigo Sérgio presentea-nos com ...minis. Nesta altura o Merino (nos 70km) passa por nós a abrir. Grande máquina.  Ao chegar a Arraiolos as expressoes eram de terror ao ver a subida para o Castelo. Passagem obrigatória (não para todos...houve aí uns  espertinhos que....bom...) para picar o ponto. O trilho estava armadilhado com mais um degrau mas nós não caímos :) . Foi um alivio cruzar a meta. O Sr. Piedade caiu já nos metros finais, felizmente sem consequencias. A corrente partiu devido ao desgaste e não foi para menos. Depois do banho foi hora do almoço: self-service que é à estrangeira. Aqui parece que houve alguns atrasos, e o menu não terá estado do agrado de todos, mas o principal ponto negativo da Maratona esteve além da organização: foi a chuva que teima em não parar este ano e tornou a prova durissima. Acabámos doídos, com equipamentos encardidos, com as cassetes limadas, correntes partidas, suspensões bloqueadas e rolamentos gripados. Para o ano voltamos!

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