quinta-feira, 24 de maio de 2012

Adeus Domingos.

O nosso amigo e amigo da Rota, Domingos Tracanas deixou-nos, depois de uma luta contra uma  doença silenciosa e grave, que primeiro o lançou para uma cama de hospital, e agora para longe da família e dos amigos. 
Vou recordá-lo como o conheci, bem disposto, amigo dos seus amigos e de pedalar. Lamento não ter estado com ele mais vezes, de não ter comido o petisco de peixe que "haveríamos de fazer", pensávamos. Poucos dias atrás pedalei com ele no passeio de cicloturismo do Grupo do Pedal, longe de imaginar que dentro de uns poucos dias  ia receber um telefonema a informar-me que o "Domingos estava em Évora, muito mal"....
Com esta desgraça o Domingos lembrou-me aquilo que todos sabemos e tentamos esquecer, arrumar num cantinho escuro e recôndito do nosso cérebro, que a vida é frágil, que somos frágeis e perenes, e que desaparecemos numa qualquer alteração das circunstâncias. Que muitas vezes não adianta fazer planos a longo prazo, porque não está na nossa mão fazer isto ou aquilo.
Também não adianta pensar o que poderia ter sido feito para evitar, nem o que correu mal. Aconteceu. Perdemos o nosso amigo. 
Mas o Domingos não foi embora sem nos deixar algo. O amargor do seu desaparecimento serve para nos lembrar, para me lembrar, que devemos aproveitar melhor o período de tempo (curto) que nos é permitido andar neste mundo. E que devemos aproveitar esses momentos. Sem mesquinhez. Sem intrigas, tricas, conversas e problemas. Sem vitimizações. Sem truques. 
Mais logo despeço-me do Domingos. O funeral está marcado para as 10h, em S. Domingos de Ana Loura, hoje, dia 25.
05/10/2011


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