Não, não aconteceu nada ao nosso amigo Carlos Santos. Nada de muiiito mau. Felizmente."In memoriam" porque quero escrever umas palavras sobre este Rota recém-chegado, para que não o esqueçam. Conheci o Carlos há uns anos, quando me tentava tramar as carroças no SIV de Estremoz. Casado, bom rapaz, pacato, pinta de final de trintas e principios de quarenta, ninguém diria que o homem se ia meter numa aventura de 50km e cinco horas e meia, na Maratona de Elvas, sozinho! Afinal tem idade para ser ponderado. É o que dá as companhias: meteu-se com o colega, L. Bailão, os tipos da farmácia e aquele dos aluminios e lá lhe fizeram a cabeça. Depois de um passeio aquatico (em bicicleta) de 20km num fim de semana o homem faz-se à aventura na IV Maratona de Elvas e arranca o penultimo lugar da tabela! 5h 24m 34s. A mulher dizia-lhe: "Não vás que tu morres, Carlos!", mas ele foi. Pedalou, furou, sofreu, e no fim venceu! Correu-lhe tudo mal, nem o companheiro lhe apareceu, mas o Carlos não desistiu, nem lhe passou isso pela cabeça! Disseram-lhe que a "bicicleta está ensinada", qual Alazão! Vis! Mas terminou, o bravo. Em terras d'Elvas, habituadas a beber o sangue de mouros e cristãos, qual Geraldo Sem Pavor, o nosso "Solitário" prevaleceu. Parabéns Carlos. Ficaste bem na fotografia: nesta e na outra. Como dizia o outro:.. "Nunca por vencidos se conheçam". Para a próxima não vais sozinho. E a foto mostra bem a garra do Carlos. Não é desespero: é furia, determinação. Carlos, tu inspiras-nos a todos. Ficas bem à roupa, honras o equipamento que vestes, os Valores que te transmitimos. És um Rota, não te esqueças. Foste um valente. A sério.
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